sexta-feira, 21 de junho de 2013

DEFINIÇÃO DE ANARQUIA


Por igonorância, utilizei recentemente a palavra Anarquia de forma equivocada.
Anarquia e vandalismo são coisas diferentes!
Com o intuito de esclarecer, já que muitos acabam cometendo o mesmo erro, segue abaixo texto explicativo.
 
DEFINIÇÃO DE ANARQUIA
Erico Malatesta
Anarquia é uma palavra grega que significa literalmente "sem governo", isto é, o estado de um povo sem uma autoridade constituída.
Antes que tal organização começasse a ser cogitada e desejada por toda uma classe de pensadores, ou se tornasse a meta de um movimento, que hoje é um dos fatores mais importantes do atual conflito social, a palavra "anarquia" foi usada universalmente para designar desordem e confusão. Ainda hoje, é adotada nesse sentido pelos ignorantes e pelos adversários interessados em distorcer a verdade.
Não vamos entrar em discussões filológicas, porque a questão é histórica e não filológica. A interpretação usual da palavra não exprime o verdadeiro significado etimológico, mas deriva dele. Tal interpretação se deve ao preconceito de que o governo é uma necessidade na organização da vida social.
O homem como todos os seres vivos, se adapta às condições em que vive e transmite , através de herança cultural, seus hábitos adquiridos. Portanto, por nascer e viver na escravidão, por ser descendente de escravos, quando começou a pensar, o homem acreditava que a escravidão era uma condição essencial à vida. A liberdade parecia impossível. Assim também o trabalhador foi forçado, por séculos, a depender da boa vontade do patrão para trabalhar, isto é, para obter pão. Acostumou-se a ter sua própria vida à disposição daqueles que possuíssem a terra e o capital. Passou a acreditar que seu senhor era aquele que lhe dava pão, e perguntava ingenuamente como viveria se não tivesse um patrão.
Da mesma forma, um homem cujos membros foram atados desde o nascimento, mas que mesmo assim aprendeu a mancar, atribui a essas ataduras sua habilidade para se mover. Na verdade, elas diminuem e paralisam a energia muscular de seus membros.
Se acrescentarmos ao efeito natural do hábito a educação dada pelo seu patrão, pelo padre, pelo professor, que ensinam que o patrão e o governo são necessários; se acrescentarmos o juiz e o policial para pressionar aqueles que pensam de outra forma, e tentam difundir suas opiniões, entenderemos como o preconceito da utilidade e da necessidade do patrão e do governo é estabelecido. Suponho que um médico apresente uma teoria completa, com mil ilustrações inventadas, para persuadir o homem com membros atados, que se libertarem suas pernas não poderá caminhar, ou mesmo viver. O homem defenderia suas ataduras furiosamente e consideraria todos que tentassem tirá-las inimigo.
Portanto, se considerarmos que o governo é necessário e que sem o governo haveria desordem e confusão, é natural e lógico, que a anarquia, que significa ausência de governo, também signifique ausência de ordem.
Existem fatos paralelos na história da palavra. Em épocas e países onde se considerava o governo de um homem (monarquia) necessário, a palavra "república" (governo de muitos) era usada exatamente como "anarquia", implicando desordem e confusão. Traços deste significado ainda são encontrados na linguagem popular de quase todos os países. Quando essa opinião mudar, e o público estiver convencido de que o governo é desnecessário e extremamente prejudicial, a palavra "anarquia", justamente por significar "sem governo" será o mesmo que dizer "ordem natural, harmonia de necessidades e interesses de todos, liberdade total com solidariedade total".
Portanto, estão errados aqueles que dizem que os anarquistas escolheram mal o nome, por ser esse mal compreendido pelas massas e levar a uma falsa interpretação. O erro vem disso e não da palavra. A dificuldade que os anarquistas encontram para difundir suas idéias não depende do nome que deram a si mesmos. Depende do fato de que suas concepções se chocam com os preconceitos que as pessoas têm sobre as funções do governo, ou o "Estado” com é chamado.  
-Errico Malatesta in anarquia, 1907.

 

 

Manifestações no Brasil chamam a atenção da imprensa internacional

Manifestações no Brasil chamam a atenção da imprensa internacional

Na internet, o jornal New York Times comentou que o Brasil foi sacudido por um movimento sem líderes e que rejeita os políticos.




A adesão dos brasileiros às manifestações desta quinta-feira (19) chamou a atenção da imprensa de muitos países.
Vários sites citaram o tamanho das passeatas, com mais de um milhão de pessoas nas ruas de várias cidades.
Além dos sites, as redes internacionais de TV mostraram os momentos mais intensos, e violentos, das manifestações.
A rede americana CNN lembrou que o movimento começou há duas semanas pedindo a redução das tarifas de ônibus. Mas cresceu com a insatisfação com a corrupção, os altos impostos, a qualidade da educação. O correspondente no Rio contou ao vivo, por telefone, que estava refugiado na sede de um sindicato depois de ficar em meio a tiros de borracha e sprays de gás de pimenta.
Na internet, o jornal New York Times comentou que o Brasil foi sacudido por um movimento sem líderes e que rejeita os políticos.
A rede britânica BBC falou que um milhão de pessoas foi às ruas e levaram a presidente Dilma a cancelar uma viagem ao exterior.
"Os protestos aconteceram mesmo depois que as passagens baixaram", era a manchete do jornal espanhol El Pais.
O argentino Clarin mostrou que confrontos marcaram as passeatas realizadas em mais de cem cidades.
E o Le Monde, da França, destacou a morte de um manifestante.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/06/manifestacoes-no-brasil-chamam-atencao-da-imprensa-internacional.html
 
 

Empoderamento e seu significado

 

O que significa Empoderamento, palavra tão utilizada nesse momento?

Empoderamento, ou empowerment, em inglês, significa em a ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais. Essa consciência ultrapassa a tomada de iniciativa individual de conhecimento e superação de uma realidade em que se encontra.
O empoderamento possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política. O empoderamento devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto de cidadania, e principalmente a liberdade de decidir e controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro.
Relacionado com isso, está o empoderamento social é dar poder à uma comunidade, fazer com que tudo seja mais democrático , que a população em geral tenha poder, que a comunidade tenha também mais riqueza e capacidade. O empoderamento social deve ser entendido como um processo pelo qual podem acontecer transformações nas relações sociais, culturais, econômicas e de poder.
Outro tipo de empoderamento é o feminino, que é o empoderamento das mulheres, que traz uma nova concepção de poder, assumindo formas democráticas, construindo novos mecanismos de responsabilidades coletivas, de tomada de decisões e responsabilidades compartidas. O empoderamento feminino é também um desafio às relações patriarcais, em relação ao poder dominante do homem e a manutenção dos seus privilégios de gênero, é uma mudança na dominação tradicional dos homens sobre as mulheres, garantindo-lhes a autonomia no que se refere ao controle dos seus corpos, da sua sexualidade, do seu direito de ir e vir.
Outro sentido para empoderamento é o seu termo em inglês, empowerment , ou delegação de autoridade, que é uma abordagem a projetos de trabalho que se baseia na delegação de poderes de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas.